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Epitáfio de um sonhador (Eu)

01/04/2008

Quando eu morrer, dêem-me o único destino digno a quem viveu como eu. Tornem-me cinzas em terra, joguem-me assim, do ar, ao mar. Deixando-me espalhar no vento e através dele, como se eu pudesse ir visitar – não a cada um dos que toquei – mas a cada um dos que me tocaram nessa vida.

Depois, quando todos tiverem voltado às suas rotinas, amem e sonhem! Se o fizerem, saibam que a qualquer momento uma partícula ínfima, talvez microscópica, invisível e indivisível de mim pousará sobre tua pele. Quem sabe pra definitivamente abrigar-me em ti, ou então para na próxima brisa alçar novo vôo e visitar outro coração amante, outro sonho errante, outra vida marcante.

Se por acaso sentires saudade de mim, não chore. Sorria. Pense que estou como sempre sonhei – e na vida nada mais fiz do que sonhar – visitando, encontrando e conhecendo cada ser humano que tenha o dom de amar.