Rodrigo Alves de Oliveira

Bem, Rodrigo Alves de Oliveira existe, para tristeza de muitos e felicidade dele mesmo, há mais de 40 anos. Nasceu às 18:01h de um sábado, segundo o próprio, “hora de se aprontar pra festa”. Na cidade gaúcha de “Guaíba, berço da Revolução Farroupilha”, como ele mesmo faz questão de falar. Aliás, o fato de nascer é emblemático para Rodrigo, que sempre diz ter sido uma das coisas mais importantes de sua vida. Afinal foi naquele 29 de novembro do ano de 1975, um dia depois da morte de Erico Veríssimo, que o mundo conheceu esse grande, prematuro e eterno apaixonado.

 

Recém chegado ao mundo e sob pleno regime de ditadura militar no Brasil, não se achou imparcial o suficiente para ser capaz de julgar a tapa que levara do médico. Mas sentiu que precisava informar e lutar contra toda e qualquer injustiça cometida nesse mundo, seja contra rebentos recém rebentados ou quem quer que seja. Já notadamente influenciado por Mário Quintana e Chico Buarque, até hoje é seguidor de ambos.

Cresceu, aprontou muitas, estudou um pouco e divertiu-se muito. Entretanto, na oportunidade etária tradicional de ingressar na faculdade e fazer de sua vocação também seu ofício, nosso protagonista estava apaixonado. Sonhava com outras prioridades, que de preferência, se equilibrassem sobre longas pernas, delicados saltos altos e debaixo de cabelos longos. Resolvido, deixou para depois a convicta paixão vocacional, e, dedicadamente, entregou-se à esbórnia. Foi um período intenso, faceiro e de irrefutáveis memórias.

Depois, em 2005, resolveu retornar e retomar a antiga paixão. Transformou aquele fogo, aquela atração, em verdadeiro amor. Amor sublime, sincero, verdadeiro, infindável como todo amor, e altruísta. Rodrigo não espera retorno, não quer se locupletar de seu amor. Tampouco acha que tem muito a oferecer, mas sabe que não quer – e nem pode – viver separado dela. Quanto mais agora, que ela trouxe também sua melhor companheira, amiga e esposa!

Rodrigo trabalhou com eletrônica, numa operadora de telefonia celular. Hoje tem um boteco no Pelourinho em Salvador. Talvez nunca venha a exercer a profissão que tanto ama. É possível que ele jamais desfrute dela, ou que possa – humildemente – oferecer algo a ela. Mas assim eles vão, lado a lado, num eterno amor. Um namoro que jamais vai acabar. Selaram seu eterno relacionamento quando, no dia 9/jan/2009, formou-se em Jornalismo.

Os frutos dessa união, senhoras e senhores, podem se consumar nas folhas do seu jornal, nos pixels de fotos, nos bits das telinhas ou nas maravilhosas e mágicas ondas do rádio. Ou pode ser que não! Que essa união não receba as bênçãos do mercado de trabalho. Mas uma coisa é certa, entre esses dois, nunca haverá separação!